Proletários de todos os países: UNI-VOS! PCP - Reflexão e Prática

Edição Nº 282 - Mai/Jun 2006

Economia

Alguns aspectos do processo de privatizações em Portugal (II)

por Fernando Sequeira

O processo de privatizações não podia ser apresentado ao povo português como algo prejudicial à economia nacional, aos interesses dos trabalhadores, do povo e do país, mas antes como um processo prenhe de vantagens e que só traria benefícios para o desenvolvimento. Obviamente que não se podia dizer que as privatizações constituíam um importante passo para a reconstituição dos grandes grupos económicos.

PCP

Para um PCP mais forte estudar e generalizar as experiências positivas

por Revista o Militante


No quadro da aplicação das orientações do XVII Congresso e das decisões do Comité Central, O Militante organizou uma mesa-redonda com camaradas com particulares responsabilidades no desenvolvimento do trabalho para o reforço do Partido. As ricas experiências já acumuladas serão certamente de grande interesse para todo o colectivo partidário e para suscitar ainda mais iniciativa na concretização desta importante e urgente tarefa.
Participaram na Mesa-redonda os camaradas Armindo Miranda (AM), membro da Comissão Política e responsável pela Organização Regional de Setúbal, Jaime Toga (JT), membro do Comité Central e do Executivo da Direcção da Organização Regional do Porto, João Frazão (JF), membro da Comissão Política e responsável pela Organização Regional de Aveiro e Margarida Botelho (MB), membro da Comissão Política e responsável pela Organização Regional de Coimbra.

Tema

O II Congresso do PCP e o advento do fascismo

por Domingos Abrantes

«Aos vinte e nove dias de Maio de mil novecentos e vinte e seis, às vinte horas e quarenta e cinco minutos, na Rua Voz do Operário número sessenta e quatro primeiro, da cidade de Lisboa (1) reuniu-se em segundo Congresso a massa filiada no Partido Comunista Português secção da Internacional Comunista», tendo a saudação aos delegados sido feita pelo «camarada Rodrigues Loureiro, Secretário-Geral interino da Comissão Central» (2) . Assim começa a Acta que regista a abertura, há 80 anos, dos trabalhos do II Congresso do PCP, iniciado, portanto, um dia depois de os militares golpistas comandados pelo general Gomes da Costa se terem sublevado em Braga e iniciado a sua marcha para Lisboa, onde acabaram por chegar quando os trabalhos do Congresso estavam a terminar. O andamento do Congresso foi bastante condicionado pela eclosão do golpe, a ponto de o presidente da sessão ter apelado aos oradores para serem breves, na medida em que havia «muitas coisas para resolver e os momentos de liberdade em virtude da revolução fascista talvez sejam poucos».

União Europeia

Portugal: um balanço de 20 anos na União Europeia

por Eugénio Rosa

Portugal aderiu à União Europeia (UE) em 1986, portanto, em 2006, completam-se 20 anos. É altura de se fazer um balanço objectivo, naturalmente diferente do balanço oficial, que neste artigo se vai limitar, até por uma questão de espaço disponível, a alguns aspectos importantes da realidade económica e social, ou seja, tentar saber o que essa adesão trouxe de bom e mau para o nosso país neste campo. E mais ainda quando na altura da adesão se fizeram promessas ao povo português de que ela traria desenvolvimento, crescimento económico, mais emprego, maior nível de vida, mais riqueza e mais justiça. Estas foram as promessas que os sucessivos governos quer do PS (o primeiro foi o de Mário Soares) quer do PSD (o primeiro foi de Cavaco Silva), que se alternam de uma forma pendular no poder, utilizaram abundantemente para justificar essa adesão.