Proletários de todos os países: UNI-VOS! PCP - Reflexão e Prática

Edição Nº 338 - Set/Out 2015

Actualidade

Eleições de 4 de Outubro - Razões e argumentos para o reforço da CDU

por Jorge Cordeiro

1. Sem surpresa se afirmará que as eleições para a Assembleia da República do próximo dia 4 de Outubro assumem uma inegável importância. Pelo que representam em si mesmo e nos objectivos que lhe estão associados, ou seja a eleição dos 230 deputados em disputa e a escolha dos que efectivamente podem assegurar a defesa dos interesses e direitos do povo português; pela possibilidade que a sua preparação e intervenção eleitoral abre para uma ampla divulgação das soluções, propostas e projecto do PCP para dar resposta às aspirações dos trabalhadores e do povo; pela oportunidade que constituem para debater e esclarecer as razões da situação do País, para identificar as causas e responsáveis, para afirmar com confiança a perspectiva, necessidade e possibilidade de uma política alternativa, patriótica e de esquerda que assegure uma vida melhor num Portugal com futuro. Mas as eleições de 4 de Outubro conhecem, perante a situação para a qual o País foi arrastado, acrescido valor e significado.

Efeméride

O VII Congresso da Internacional Comunista - Significado e ensinamentos

por Domingos Abrantes

Há 80 anos, entre 25 de Julho e 20 de Agosto de 1935, na cidade de Moscovo, teve lugar o VII – e último – Congresso da Internacional Comunista (IC), que apesar do imenso tempo decorrido permanece como um dos maiores acontecimentos do movimento comunista e operário e exemplo da capacidade de definir orientações tácticas e estratégicas, na base da crítica e autocrítica, do trabalho colectivo e discussões democráticas alicerçadas no marxismo-leninismo, para responder a novas realidades e ultrapassar teses que se tinham tornado um sério entrave ao desenvolvimento do movimento comunista e conduzido ao enfraquecimento da sua ligação às massas.

Tema

A propósito da Grécia e da crise na União Europeia

por Vasco Cardoso

A Grécia constitui certamente o mais grave exemplo das brutais medidas de exploração e opressão impostas aos povos dos países integrados na União Económica e Monetária e sujeitos ao colete de forças da moeda única e ao garrote da dívida externa. Seja em função de processos de intervenção externa, por via da UE e do FMI, seja em função do colete de forças que decorre do próprio Euro, os últimos anos ficaram marcados por uma significativa aceleração das medidas ditas de austeridade: desemprego em massa, empobrecimento de uma larga maioria da população, aumento da exploração, privatizações, quebras significativas no PIB com uma enorme destruição de capacidade produtiva, foram algumas das consequências. Mas longe de constituir uma situação isolada, deste ou daquele país, o «problema grego», que nos últimos meses atingiu grande visibilidade, é sobretudo expressão da própria crise do capitalismo e da grande instabilidade e incerteza sobre o desenvolvimento da situação internacional, bem como do agudizar das contradições decorrentes do processo de integração capitalista europeu.