Proletários de todos os países: UNI-VOS! PCP - Reflexão e Prática

Internacional, Edição Nº 373 - Jul/Ago 2021

Capitalismo, fascismo e guerra

por Jorge Cadima

A História é imprescindível para compreender os dias de hoje. Num tempo em que o grande capital e as potências imperialistas recorrem de novo ao belicismo e à promoção do fascismo – com velhas e novas roupagens – é fundamental conhecer a íntima ligação histórica do fascismo com o capitalismo e a guerra.

As origens do fascismo

Nos anos entre as duas Guerras Mundiais do Século XX o fascismo foi apadrinhado e promovido pelas classes dirigentes da generalidade dos países capitalistas, e não apenas nos países onde chegou ao poder, como Itália, Alemanha, Japão, Espanha ou Portugal. Abalado por uma profundíssima crise (Primeira Guerra Mundial, Revolução de Outubro, a hiperinflação na Alemanha, a Grande Depressão dos anos 30), o capitalismo não estava seguro da sua própria sobrevivência 1. Receava o ascenso do movimento operário e a revolução social, inspirada pelo exemplo da URSS. Neste contexto, era corrente o pendor filo-fascista das classes dominantes, que encaravam o terror e a violência do fascismo contra os comunistas e o movimento operário em geral, como uma ‘tábua de salvação’. Winston Churchill elogiava a «disciplina [e] ordem» que Mussolini instalara em Itália através da ditadura, afirmando que «se fosse italiano, estou certo que estaria de pleno coração ao vosso lado, do princípio até ao fim, na vossa luta triunfante contra as paixões e apetites animalescos do Leninismo». Nutria iguais simpatias pelos franquistas espanhóis 2. Em 1934, o Governador do Banco de Inglaterra, Norman Montagu, declarou: «Hitler e Schacht [Presidente do Reichsbank e Ministro da Economia de Hitler – NA] são na Alemanha bastiões da civilização. São os únicos amigos que temos naquele país. Defendem o nosso tipo de ordem social contra o comunismo. Se eles fracassarem, os comunistas chegarão ao poder na Alemanha e, nesse caso, tudo será possível na Europa» 3.

O historiador belga Jacques Pauwels escreve: «Na Alemanha e no resto da Europa em 1945, praticamente toda a gente estava plenamente consciente das ligações íntimas entre o fascismo e o capitalismo e do papel do fascismo no seio do sistema capitalista. […] Esta compreensão fundamental só se começou a perder mais tarde, quando o fascismo começou a ser apresentado – ao estilo americano – como se tivesse aparecido num vazio sócio-económico e fosse obra de indivíduos maléficos, criminosos e ditatoriais como Hitler, que teriam aparecido do nada na cena histórica» 4. Mesmo durante a guerra, prosseguiu a colaboração do grande capital financeiro de países capitalistas em conflito 5. As filiais alemãs da Ford e da General Motors «utilizaram trabalhadores estrangeiros e prisioneiros de guerra da União Soviética, França, Bélgica e outros países ocupados, aparentemente com o conhecimento das sedes empresariais nos Estados Unidos. […] Milhares de trabalhadores forçados estrangeiros faziam trabalho escravo de doze horas por dia, todos os dias excepto domingos, sem receber qualquer salário em troca» 6.

Concertação e rivalidades inter-imperialistas

A conivência de classe do grande capital com o fascismo não apagava as eternas rivalidades inter-imperialistas, que em 1914 haviam conduzido à Primeira Guerra Mundial. O Embaixador da URSS em Londres entre 1932 e 1939, Ivan Maiski, explica: «Em Janeiro de 1933 os fascistas tomaram o poder na Alemanha. Deu-se uma clivagem no mundo capitalista. Delinearam-se dois grupos de potências: o primeiro grupo, composto pela Alemanha, Itália e Japão, colocou abertamente a questão da redivisão do mundo (incluindo o capitalista); o segundo grupo, composto pela Inglaterra, França e Estados Unidos, na medida em que dispunha da maior parte das riquezas mundiais, optou pela defesa do status quo. Num esforço para ultrapassar a cisão e garantir a unidade da frente capitalista contra o mundo socialista, os dirigentes do capitalismo (sobretudo em Inglaterra, França e Estados Unidos) […] pensaram em resolver os seus contrastes à custa da URSS. Os homens de Estado de Londres, Paris e Washington deram a entender por todas as formas a Hitler que poderia procurar o seu ‘espaço vital’ a Leste» 7. Foi esta a essência da chamada política de ‘apaziguamento’ do nazi-fascismo, que foi na realidade uma política de conivência, que procurou a unidade inter-imperialista através da destruição do primeiro Estado Socialista na História da Humanidade.

Os planos das «democracias ocidentais» haveriam de sair caro aos seus povos. Antes de apontar baterias para o seu alvo de sempre, a União Soviética, Hitler decidiu ajustar contas com a França. Queria vingar a derrota da Alemanha na I Guerra Mundial 8 e eliminar o factor que tanto pesou nessa derrota: ter de combater simultaneamente em duas frentes. Ao mesmo tempo, a sua ocupação quase sem baixas de grande parte da Europa Ocidental – possível precisamente pelo filo-fascismo das suas classes dirigentes, que alimentou o colaboracionismo e a capitulação – assegurou-lhe um vasto potencial económico para os duros combates que se haveriam de seguir à invasão da URSS.

O nazismo derrotado pela URSS

Faz 80 anos que as hordas hitlerianas invadiram a União Soviética. «O ataque lançado pela Wehrmacht a 22 de Junho de 1941 foi a maior operação militar única da História. Uma força totalizando mais de 3 milhões e 50 mil homens participou no assalto, organizada em três gigantescos Grupos de Exércitos que agiam simultaneamente em três frentes, com uma linha da frente que se estendia por mais de 1000 quilómetros». «Nunca, nem antes nem depois, se travou batalha com tanta ferocidade, por tantos homens, e numa frente de batalha tão extensa» 9. Escreve o jornalista norte-americano Christopher Simspon: «O massacre que se seguiu ao ataque alemão contra a União Soviética em Junho de 1941 não tem paralelo na História mundial», alimentado «por uma das mais destacadas características da filosofia política nazi: um anti-comunismo extremo e um ódio particularmente fanático contra a URSS». «Os mais terríveis crimes de toda a guerra tiveram lugar, em nome do anti-comunismo, nos territórios ocupados pelos alemães na frente Leste. As baixas civis nestas regiões foram enormes, e tão extremas, que mesmo a contagem dos mortos se tornou impossível. […] Quando a invasão alemã da URSS começou, o General (mais tarde Marechal de Campo) Erich von Manstein ordenou que ‘o sistema judeo-bolchevista tem de ser exterminado … Nas cidades hostis, uma grande parte da população terá de morrer à fome’. […] Não se tratou duma guerra de conquista, mas sim de extermínio» 10.

O avanço do fascismo na Europa parecia imparável. Para se comprender a dimensão da ameaça que pairava sobre a URSS e a Humanidade em 1941, há que lembrar que «quando a Alemanha nazi invadiu a URSS, tinha quase todos os Estados Europeus sob o seu domínio […]. Todo o potencial económico do continente europeu estava arregimentado para servir a gigantesca máquina militar do agressor. Após a queda de Dunquerque, em Maio de 1940, a Grã-Bretanha tinha deixado de ser uma ameaça séria para a Alemanha» 11. A entrada dos EUA na guerra ainda estava distante. O ataque japonês a Pearl Harbour foi em Dezembro de 1941, mas os EUA durante ano e meio só combateram no Pacífico. Apenas em Julho de 1943, depois da vitória soviética em Estalinegrado, tropas dos EUA entram em acção no continente europeu (desembarque na Sicília), mas ainda de forma limitada. O famoso desembarque na Normandia, que alguns tentam apresentar como momento de viragem na guerra, só teve lugar em Junho de 1944, quando as grandes derrotas impostas pela URSS à Alemanha nazi já tinham tornado inevitável a libertação da Europa e as tropas soviéticas se encaminhavam para chegar a Berlim, libertada que estava a URSS.

A União Soviética enfrentou sozinha o grosso da força militar nazi-fascista durante mais de dois anos. «Ao longo do ano 1942 o Exército Soviético combatia contra 98% do Exército Alemão operacional – 178 divisões concentradas na frente leste – enquanto que os britânicos combatiam contra quatro no Norte de África» 12. Nenhuma quantidade de falsificação histórica ou propaganda pode apagar a realidade: foi nos campos de batalha da URSS, na Frente Leste, que se travaram as grandes batalhas que determinaram o desenlace da II Guerra Mundial. Foram os quatro anos de sacrifícios ímpares e combates épicos da URSS, do seu Exército Vermelho, Partido Comunista, povo e dirigentes – e as heróicas resistências armadas dos povos ocupados, o mais das vezes encabeçadas pelos comunistas - que derrotaram a Alemanha nazi e permitiram a Vitória da Humanidade em Maio de 1945. Uma Vitória alcançada à custa de enormes sacrifícios do lado soviético e dos povos vítimas da agressão nazi-fascista.

A reciclagem do fascismo

A Vitória de 1945 não chegou a toda a parte. Em 1949, o regime fascista português tornou-se membro fundador da NATO, de quem recebeu apoio até ao 25 de Abril de 1974. Ainda em plena guerra, os EUA e a Inglaterra começaram a criar um realinhamento de forças para conter e reverter os avanços dos povos. Em 1944, os ingleses massacram manifestantes na Atenas recém-libertada do ocupante nazi e recrutam para o seu lado os fascistas gregos 13, desencadeiam a guerra para esmagar a resistência anti-fascista, em que os comunistas tinham papel destacado. Na Ásia, o exército inglês desembarca em 1945 em várias colónias de países europeus, para impedir que a derrota do ocupante japonês se traduzisse na independência. Na Indonésia, chegaram ao ponto de rearmar as tropas japonesas para ajudar a esmagar o movimento de libertação nacional, chefiado por Sukarno, enquanto a Holanda recém-libertada não foi capaz de reocupar essa sua colónia 14.

Um pouco por toda a parte, os fascistas foram incorporados na nova aliança anti-comunista e contra a libertação nacional e social dos povos, com especial destaque para os serviços secretos, militares e estruturas clandestinas do tipo Gládio. Milhares de nazis foram recrutados pelos EUA, muitos deles para programas militares e a guerra de subversão anti-comunista. Entre eles o SS Klaus Barbie, chefe da Gestapo em Lyon durante a guerra e responsável, entre outros crimes, pela tortura e morte do primeiro presidente do Conselho Nacional da Resistência Francesa, Jean Moulin. Após a guerra, Barbie foi recrutado pelos serviços secretos americanos para infiltrar o Partido Comunista Alemão (KPD) 15. Na RFA (Alemanha Ocidental), antigos nazis ocuparam os mais altos cargos do poder e «centenas de criminosos nazis condenados em tribunal foram libertados» pelas autoridades de ocupação norte-americanas, apesar de «terem sido julgados e condenados pelo assassinato de pelo menos 2 milhões de pessoas, beneficiado de trabalho escravo, massacrado prisioneiros de guerra dos EUA, e por milhares de outros actos concretos de terror». Entre os libertados estavam «todos os médicos de campos de concentração que haviam sido condenados, todos os juízes de topo dos ‘tribunais especiais’ nazis […], catorze dos quinze criminosos condenados no primeiro julgamento dos Einsatzgruppen [brigadas de execução nazis – NT] e administradores dos campos de concentração, 16 dos 20 réus no segundo julgamento pelos assassinatos em massa dos Einsatzgruppen, e todos os criminosos condenados no caso do trabalho escravo no conglomerado Krupp». Em 1956, a ex-equipa da espionagem militar nazi a Leste, chefiada por Reinhardt Gehlen, tornou-se nos novos serviços secretos da RFA (BND), apesar da responsabilidade de Gehlen «numa das maiores atrocidades da guerra: a tortura, interrogatórios e morte pela fome de cerca de 4 milhões de prisioneiros de guerra soviéticos». Entre as estruturas financiadas por Gehlen estavam os fascistas ucranianos da OUN/UPA, hoje glorificados na Ucrânia pelos seus herdeiros directos, e que o golpe euro-americano de 2014 levou às esferas cimeiras do poder 16. Este fio condutor entre o nazi-fascismo do século passado e o fascismo contemporâneo é uma realidade com expressão também noutros países, nomeadamente da América Latina e das ex-repúblicas soviéticas do Báltico.

A chamada ‘Guerra Fria’, desencadeada pelo imperialismo anglo-saxónico, foi uma expressão da luta de classes no plano internacional. Serviu para unificar as classes dominantes - incluindo sectores em confronto durante a II GM – sob a hegemonia dos EUA, com o objectivo de travar e reverter os enormes avanços que as lutas dos povos alcançaram com a vitória sobre o nazi-fascismo e as vitórias anti-coloniais e de libertação social que se lhe seguiram. As bombas atómicas lançadas pelos EUA sobre Hiroxima e Nagasáqui – que, mais do que o último episódio da II Guerra Mundial foram o primeiro episódio da chamada ‘Guerra Fria’ – foram um símbolo criminoso dessa nova aliança e um prelúdio para outros crimes imperialistas, com destaque para as guerras da Coreia e do Vietname e a chacina anti-comunista e anti-popular do golpe de Estado na Indonésia, em 1965. Uma aliança que prossegue nos nossos dias, mesmo após o desaparecimento do campo socialista no Leste da Europa, evidenciada no alargamento de âmbito da NATO e na abjecta subordinação da União Europeia às guerras e subversões dos EUA – do Médio Oriente à América Latina – e às suas campanhas anti-russas e anti-chinesas.

A crise do capitalismo e a ameaça fascista hoje

O sistema capitalista encontra-se hoje de novo a braços com uma crise profunda. As suas vitórias políticas no final do Século XX camuflaram uma realidade que se tem vindo a evidenciar nas últimas três décadas, e que é hoje indisfarçável: além de ser um sistema assente na exploração, na predação e na guerra, o imperialismo não consegue resolver as contradições internas que sempre o caracterizaram.

Contradições que se agudizam a um ritmo galopante com a exploração, financeirização, endividamento e pilhagens extremas, através dos quais o sistema procura contrariar os efeitos da baixa tendencial da taxa de lucro e que a revolução tecnológica em curso não faz mais do que aprofundar. O sistema capitalista nada tem para oferecer hoje aos povos a não ser mais pobreza, exploração e guerra. Por toda a parte, e nomeadamente nos centros imperialistas da América do Norte e Europa, cresce um sentimento difuso entre largas massas de que o sistema não está ao seu serviço. Um sentimento marcado ainda pela confusão ideológica e o medo, não assente sobre uma consciência da real natureza do sistema capitalista e do sistema de poder ao seu serviço. Tal como no século passado, as classes dominantes procuram canalizar este descontentamento em direcção ao fascismo, com velhas ou novas roupagens. Até porque, se as massas populares ainda não têm plena consciência da sua imensa força, as classes dirigentes vivem no terror de que o descontentamento se transforme em revolta consciente e organizada e em luta por um sistema económico e social alternativo, o socialismo.

As contradições agudizam-se também como resultado do gradual, mas inexorável, declínio das velhas potências imperialistas (EUA, Japão e da UE), e o ascenso impetuoso e cada vez mais coordenado de novas potências, em especial a China e a Rússia, que se recusam a aceitar o lugar de «vassalos tributários» (para usar a expressão do ex-Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Brzezinski) e pretendem preservar uma ordem internacional baseada na soberania dos Estados e na multipolaridade. O facto de a História da China e da Rússia (independentemente da natureza assumidamente capitalista da Rússia de hoje) estar para sempre marcada pelas suas revoluções socialistas, que tanto contribuíram para o respectivo desenvolvimento económico e social, e pela sua contribuição para a destruição dos velhos impérios coloniais e a resistência ao imperialismo norte-americano, é um engulho insuportável que exacerba ainda mais o ódio das velhas potências imperialistas e a sua recusa em aceitar a nova correlação de forças mundial.

O desespero das velhas potências imperialistas face à sua crise e ao seu declínio abre as portas à tentação duma resposta assente na violência e na guerra. Uma resposta que, como no passado, é indissociável do autoritarismo e da ditadura no plano interno, e que concorre por isso para a promoção das forças fascistas pelo grande capital.

Não fosse a existência das terríveis armas nucleares e é bem possível que a agressividade revelada pelos EUA/NATO contra a Rússia e a China já tivesse conduzido a uma confrontação militar. O perigo, que não pode ser descartado, é que, propositadamente ou não, a actual escalada belicista dos círculos mais agressivos do imperialismo possa levar a um tal desenlace catastrófico. Registem-se os alertas de militares portugueses importantes, como os Generais Loureiro dos Santos e Carlos Branco 17. Registe-se a decisão de Daniel Ellsberg (que revelou as mentiras dos Presidentes dos EUA sobre a Guerra do Vietname nos famosos Pentagon Papers) de revelar agora um documento secreto, que detinha há meio século e que documenta como em 1958 as chefias militares dos EUA pressionaram fortemente o então Presidente Eisenhower a autorizar o uso de armas nucleares contra a China (sem ataque nuclear prévio) 18. Ellsberg justifica a sua divulgação do documento dizendo-se preocupado com o alvitrar crescente da possibilidade duma guerra entre os EUA e a China e a «possibilidade duma nova crise nuclear a propósito de Taiwan».

Tal como no passado, a derrota do fascismo terá de ser obra dos povos, dos trabalhadores e de todos quanto rejeitem a barbárie. É necessário construir alianças sociais que permitam reforçar a frente anti-fascista e anti-imperialista, travando a guerra que hoje é promovida pelas velhas potências imperialistas em declínio. Essa batalha exige a identificação em cada momento do perigo principal. Importa não subestimar os perigos. Mas também não subestimar o potencial de resistência.

Notas

(1) Veja-se o artigo do famoso economista inglês John Maynard Keynes, na revista The Atlantic, em Maio 1932.

(2) Ver Clive Ponting (1994), Churchill, Sinclair-Stevenson, p. 350 e 390.

(3) J. R. Pauwels (2013) Big business avec Hitler, Editions Aden, 2013, p. 162.

(4) J. R. Pauwels (2015), The myth of the good war, James Lorimer & Co, p. 254.

(5) C. Higham (1983) Trading with the Enemy, Ed. Robert Hale.

(6) J. R. Pauwels, op. cit., p. 239.

(7) I. Maiski (1965), Perché scoppiò la Seconda Guerra Mondiale, Ed. Riuniti, p. 325.

(8) Hitler impôs que a assinatura da rendição francesa em 1940 fosse feita na mesma carruagem de comboio onde a Alemanha derrotada havia assinado o armistício em 1918.

(9) Adam Tooze (2006) The wages of destruction, Penguin Books, p. 432 e 480.

(10) Cristopher Simpson (1988) Blowback: America's recruitment of Nazis & its effects on the Cold War, Weidenfeld & Nicolson, pp.13-4.

(11) The Great Patriotic War (1985), Planeta Publishers, Moscovo, p. 7.

(12) C. Ponting, op. cit., p. 566.

(13) C. Simpson, op. cit., p. 81.

(14) J. Newsinger (2006) The blood never dried, Bookmarks Publications, p. 212.

(15) C. Simpson, op. cit. As citações desta secção encontram nas pp.187-189, 190-2, 40 e seguintes.

(16) Para uma descrição das relações da OUN/UPA com os nazis, veja-se o livro já citado de C. Simpson, Cap.12.

(17) Em particular a entrevista de L Santos ao Diário de Notícias em 13.3.00 e as crónicas de C. Branco, publicadas em livro com o título Do fim da Guerra Fria a Trump e à Covid-19 (2020), Ed. Colibri.

(18) New York Times, 22.5.21.