Nº 285 - Nov/Dez 2006
Não é fácil deduzir a profundidade do pensamento e da personalidade de
alguém pela mera enumeração cronológica dos seus dados biográficos,
apresentados a seco.
Na vida de José Dias Coelho há uma data decisiva, o ano de 1955, que
tem um real significado para entender a sua opção de vida: é em 1955
que entra na clandestinidade como funcionário do Partido Comunista
Português, sabendo que a tarefa que lhe está designada é montar uma
oficina de falsificação de documentos, bilhetes de identidade, licenças
de bicicleta, cartas de condução, passaportes, etc., para defesa dos
militantes clandestinos no trabalho de organização e nas relações
internacionais do Partido.